sábado, 1 de setembro de 2007

Como tudo o que renasce, já foi terra e húmus

E da terra e do húmus se criou a Memória
De todas as coisas que já haviam sido ditas, escritas, esquecidas.
Mas as palavras, como a terra, renovam-se
Sendo fertilizante natural da massa que nos compõe a alma
Somos as palavras que dizemos como as memórias que usamos
Trajes que envergamos pelas ruas calcetadas da nossa vontade.
Somos as palavras que projectamos nos outros...
Porque padecemos da memória de tudo o que nos rodeia.
Existimos no espectro transcendente da nossa vontade, em colisão com a dos outros.

E a memória, a memória é o nosso cadastro pessoal das
feridas e unguentos.

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